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Informações dentro do tema da Agricultura

Fetaesp participa de evento em Campinas

Segurança e Saúde no Trabalho no Agronegócio é o tema do Seminário

A Fetaesp (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado de São Paulo) esteve presente no dia 07, no Seminário Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho no Agronegócio. O evento que foi realizado na cidade de Campinas (SP), nos dias 06 e 07 de junho, reunindo profissionais e entidades do setor agrícola, teve como foco principal debater questões de saúde, segurança e meio ambiente rural.

Como atrações do evento foram ministrados diversos cursos técnicos sobre temas variados, como: Meio Ambiente Rural e Meio Ambiente de Trabalho, gestão de riscos no manejo de defensivos agrícolas, entre outros. Já os auditórios receberam palestras e mesas de debates com pesquisadores, estudiosos e representantes de diversos setores ligados a temática.

Como encerramento do Seminário, a mesa de debate sobre a fiscalização de máquinas e equipamentos no trabalho rural, trouxe o moderador Daniel Werner Zacher, engenheiro mecânico e ex-gestor do Comitê Brasileiro de Tratores, Máquinas agrícolas e florestais, além dos palestrantes, Edmundo de Oliveira Neto, auditor fiscal do Trabalho; Aloisio Gressoni, coordenador de SESMT e engenheiro de segurança; Leonardo Monteiro, professor universitário da UFCE e Isaac Leite, presidente da Fetaesp.

O representante da entidade avaliou a sessão como sendo muito proveitosa para os presentes, pois “a troca de experiências, com um representante de cada setor da cadeia, é uma importante oportunidade para que possa ser visto todos os lados da questão debatida. Cada pesquisador apresentou as vantagens e desvantagens que encontra em sua jornada. Para nós, da Fetaesp, isto é muito relevante, pois conseguimos também demonstrar o lado do agricultor, ou seja, a figura principal, que se utiliza das máquinas e equipamentos”, conclui Leite.

O Seminário foi uma iniciativa do grupo Trabalho e Vida, com apoio da Fetaesp, Cati e demais parceiros.

Fetaesp participa de Simpósio de Compras da Agricultura Familiar

Evento em São José dos Campos visou auxiliar a categoria na realização da venda da produção

No último dia 26, São José dos Campos sediou o Simpósio Compras de Alimentos da Agricultura Familiar para Atendimento de Órgãos Públicos, do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA). O evento foi realizado no Parque Tecnológico e foi aberto aos gestores da administração pública, representantes das organizações da agricultura familiar e demais interessados.

Tendo como objetivo apoiar todas as esferas de governo, sobretudo as municipais, com relação às aquisições de alimentos da agricultura familiar pela modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o encontro reuniu ainda representantes de órgãos federais, estaduais, municipal e de organizações da agricultura familiar.

O simpósio contou ainda com 40 estandes de agricultores familiares apresentando seus produtos e onde foram realizadas rodadas de negócios. No local, também, técnicos e servidores das áreas de compras foram orientados sobre a preparação das chamadas públicas no atendimento das demandas de alimentos dos órgãos públicos.

O secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Caio Rocha, do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), destacou que há muito potencial em recursos financeiros de compras disponíveis em todas as esferas de governos federal, estadual e municipal. Porém, segundo ele, produtores, cooperativas e os próprios gestores de compras precisam estar tecnicamente mais capacitados e informados para esta modalidade de compras. Citando em termos nacionais, atualmente, existe potencial para se atingir cerca de R$ 2,7 bilhões de negócios ao ano e cerca de 3 mil produtores nacionais estão aptos a disputar este mercado. São Paulo, por exemplo, é o estado que mais gasta com o PAA, comprando, em 2016, cerca de R$ 8 milhões.

O representando do departamento de Políticas Agrícolas da Fetaesp (federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado de São Paulo), Rodrigo Gomes, acredita que eventos como esta são de suma importância para que a comercialização nesta categoria aumente, pois “aproxima os compradores, os órgãos da categoria que trabalham para auxiliar a venda e os agricultores familiares, ou seja, todas as partes envolvidas no processo, para que o PAA seja realizado”.

PAA

As compras por meio do PAA são realizadas por meio de chamada pública, dispensadas de licitação, com base na legislação.

Segundo números disponibilizados, o mercado de compra de alimentos da agricultura familiar por órgãos da União tem potencial para alcançar R$ 900 milhões somente na região Sudeste. A legislação determina que órgãos da administração pública federal comprem, com recursos próprios, no mínimo, 30% dos gêneros alimentícios da agricultura familiar.

Na Compra Institucional do Programa, coordenado pelo MDSA, os agricultores familiares conseguem comercializar, de forma simplificada, seus produtos. O modelo fortalece a agricultura familiar e promove o acesso da população à alimentação de qualidade. Para os órgãos, é a oportunidade de receber produtos típicos da região, frescos e diversificados, colaborando com o desenvolvimento local.

O evento foi promovido em parceria com a Casa Civil da Presidência da República, Ministério da Defesa, Ministério da Educação, Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, governo do Estado de São Paulo, Coordenação de Agronegócio da Secretaria de Agricultura (Codeagro) e Prefeitura de São José dos Campos.

*Com informações do site da Prefeitura de São José dos Campos

Fetaesp participa de debate na Agrishow 2017

O tema foi o futuro do produtor de pequeno porte

No último dia 4 de maio, durante a 24ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), em Ribeirão Preto, foi realizado o debate ‘Qual o futuro dos produtores rurais de menor porte econômico?’. O evento faz parte do Seminário ‘Agenda do Agronegócio – Agricultura do Futuro’ sendo organizado pela empresa Oceano Azul e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Contando com a participação de Zander Navarro, pesquisador da Embrapa em Sociologia Rural; Alysson Paolinelli, ex-ministro da Agricultura e presidente da Associação Brasileira de Produtores de Milho (Abramilho); João Brunelli Júnior, titular da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) da Secretaria; e Isaac Leite, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado de São Paulo (Fetaesp), os presentes puderam refletir sobre as perspectivas do cenário da categoria.

Todos os debatentes concordam, seja na visão dos especialistas da pesquisa, do setor público, ou dos representantes do segmento produtivo, que os desafios para responder a pergunta são enormes. Porém, ressaltam que a organização em grupos, cooperativas e associações, além do acompanhamento das novas tecnologias disponíveis para o setor agropecuário são medidas essenciais para que o pequeno produtor e o agricultor familiar possam obter maior produtividade e adaptar-se às exigências do mercado nacional e mundial.

Segundo os debatedores, além do associativismo/cooperativismo, para maior dimensão da produção da categoria; a profissionalização, com práticas produtivas mais racionais para ampliação da qualidade dos alimentos produzidos; e, um maior investimento em tecnologia, para a redução dos custos de produção são fundamentais para a garantia de um futuro próspero para os pequenos produtores brasileiros.

Números

Brunelli abriu o painel demonstrando as atividades e atuações da Cati. Destacou que há 1.145 cooperativas e associações no Estado, onde a instituição realiza ações e projetos de apoio às entidades e, com auxílio do Instituto de Cooperativismo e Associativismo (ICA), proporciona suporte para que novas organizações de produtores rurais se constituam. Trouxe números, “em 2016, auxiliamos o produtor na emissão de 29.500 Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAPs), ou seja, mais de 70% dos documentos emitidos no Estado. Em 2015, foram emitidas 11.900 Declarações de Aptidão ao Feap (DAF) e na elaboração de 27.900 projetos de crédito. Nosso trabalho é fazer com que o produtor tenha acesso a políticas públicas como de máquinas e implementos comunitários e apoio a pequenas agroindústrias”, disse.

Além de destacar o Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável – Microbacias II – Acesso ao Mercado como foco de financiamento das iniciativas de negócio voltadas ao mercado. “O apoio é mais no sentido de levar a informação e acesso dos produtores ao mercado do que na produção”, avaliou Brunelli, ressaltando que a agregação de valor ao produto é o caminho para atingir novos mercados.

Brunelli apresentou ainda um possível manual de sobrevivência do pequeno produtor rural em um mercado que está cada vez competitivo, com sugestões à adoção para o agricultor familiar conseguir entra e “permanecer no mercado em um ambiente altamente concorrido, especialmente como o de São Paulo”, afirmou.

Homem do campo

Para Isaac Leite, a adoção de tecnologias modernas e a diversificação com produtos de maior valor agregado, mais próximos à necessidade do consumidor e a profissionalização dos trabalhadores são ações primordiais para que o pequeno produtor prospere.

Destacando que a agricultura familiar é responsável por 70% do abastecimento da mesa dos brasileiros, ele afirmou que o setor tem conquistado um espaço maior, principalmente com a agroecologia e a produção de orgânicos, sendo hoje uma categoria importante na geração de empregos. “Sou agricultor desde pequeno, já vi muitas inovações e, temos que acompanhar a evolução tecnológica para nos fortalecer e ter resultados. Hoje mesmo vi aqui na Agrishow a apresentação de um trator sem cabine, o que pode ser um fator de perda de posto de trabalho, mas também uma possibilidade de avanço para a produção”, ressaltou.

Leite trouxe ainda um pouco da história da Fetaesp e salientou as ações que a entidade promoveu ao longo dos anos, dando ênfase a luta pelos direitos da categoria.

Concorrência no campo

Para o pesquisador Zander Navarro, nunca houve um período tão ameaçador para a agricultura familiar, como atualmente. Ele destaca que já em 2006, apesar da existência de cinco milhões de estabelecimentos rurais no Brasil, apenas cinco mil eram responsáveis por 87% da riqueza do país, número que hoje é ainda maior devido a iminência de o Brasil se tornar o maior produtor mundial de alimentos, assim o “bolo de riqueza passou a ser cada vez mais disputado por gente muito forte”, alerta.

Navarro ressalta a necessidade da troca de nomenclatura e segmentação entre o agronegócio e a agricultura familiar, já que mesmo um grande conglomerado pode ser gerido de forma familiar. Destacou que “os americanos veem agricultura como negócio. No Brasil deveríamos terminar com segmentação de familiar e agro e olharmos o mundo rural e seus problemas, buscando um planejamento que considere a heterogeneidade do País”, ponderou.

E defendeu o uso da pressão política por parte dos pequenos produtores como forma de defesa de seus direitos. “Agir politicamente é algo que se espera em um regime democrático […] Se os agricultores não se organizam, não pressionam, nada vai cair do céu, porque os recursos não existem para todos. Sendo assim, para onde eles vão? Para quem pressiona mais”, concluiu.

Mudança de hábitos

A evolução também foi destaque na opinião do ex-ministro da Agricultura no governo Geisel (1974-1979), Allysson Paolinelli. Ele relembrou os tempos de governo, “Na década de 1960, o brasileiro consumia quase a metade de sua renda familiar em alimentação, algo que atualmente ocorre em Bangladesh, que não tem capacidade de produzir. Como modificamos isso no Brasil? Com a capacidade inovadora, ciência, tecnologia e inovações para criar uma agricultura tropical que estarrece o mundo. Produzimos alimentos mais baratos, de melhor qualidade e com preços competitivos”, afirmou.

Para Paolinelli, a agricultura brasileira se diferencia das demais por ser altamente sustentável, mas que precisa ser melhor difundida no mundo, “Nossa agricultura sustentável garantirá segurança alimentar. O mundo busca alimentos mais saudáveis e o pequeno agricultor é capaz de gerenciar, administrar e ter tecnologia, irá se beneficiar do mercado de orgânicos. Precisamos apenas de lideranças e vontade política”, avaliou.

Agrônomo, e atual presidente da Abramilho, ressaltou que já é possível perceber uma mudança nos hábitos alimentares mundiais, sobretudo nos países de 1º Mundo, em direção aos produtos orgânicos, criados de maneira sustentável. Assim, segundo ele, é uma boa oportunidade de negócios para os pequenos produtores rurais: “Os países ricos estão criando um mercado cada vez maior para os alimentos saudáveis. Não podemos perder isso. Temos de ser inteligentes”, disse.

Paolinelli por diversas vezes fez menções a fala do presidente da Fetaesp, ressaltando a importância da presença de um representante dos trabalhadores do setor na mesa de debates. Também parabenizou Leite pela visão da implementação das tecnologias na produção e propriedades dos agricultores familiares, como forma de ampliação da renda e aumento de produtividade.

Fetaesp realiza entrega do PNHR em Marília

22 famílias foram assistidas pelo programa governamental

Na manhã do último dia 19, a propriedade da beneficiária, Nilza de Fátima Correia da Silva, no distrito de Amadeu Amaral, município de Marília, foi palco da cerimônia de entrega de 22 moradias rurais. A Fetaesp (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado de São Paulo), entidade organizadora do PNHR (Programa Nacional de Habitação Rural), no estado de São Paulo, promoveu a cerimônia de entrega das chaves, contando com a presença de autoridades locais, representantes bancários, trabalhadores rurais e do público em geral.

Participaram da solenidade, o presidente da Fetaesp, Isaac Leite, em conjunto com o tesoureiro geral da entidade e vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Marília, Elias David de Souza, além do vice-prefeito da cidade, Antonio Augusto Ambrósio, conhecido como “Tato”, o presidente da Câmara dos vereadores, Delegado Wilson Alves Damasceno, o secretário de agricultura, Odracyr Caponi, os vereadores, Evandro Galete e Cicero do Ceasa, e a representante do Departamento técnico-social da GIHAB (Gerência Executiva de Habitação), de Bauru, Sandra Paula Daura.

O tesoureiro da entidade, que também é responsável pela pasta do programa, destacou em sua fala as entregas já concretizadas, “2016 foi um grande ano para os agricultores familiares de São Paulo, já realizamos entregas em diversas cidades e outras moradias estão em fase de execução e finalização. Mesmo com várias dificuldades encontradas seguimos firmes em levar moradia digna ao homem do campo”.

Tato parabenizou a Fetaesp pela atuação ressaltando que as moradias são um fator de extrema importância para a manutenção do homem do campo. Também ouviu pedidos dos agricultores sobre melhorias e se comprometeu a resolver questões que os produtores consigam se instalar em suas novas casas de maneira mais agradável. Complementando as falas, os vereadores além de cumprimentar a entidade pela realização, divulgou ações ligadas a agricultura familiar, como o início do funcionamento de uma cooperativa para venda da produção dos produtores.

As moradias fazem parte do empreendimento São Jerônimo, sendo 20 casas localizadas no bairro Três Lagoas, uma no bairro Água da Formiga, ambas no distrito de Amadeu Amaral, área rural de Marília e uma residência na cidade de Echaporã.

PNHR

O Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) é um projeto do governo federal que tem como finalidade possibilitar ao agricultor familiar, trabalhadores rurais e comunidades tradicionais o acesso à moradia digna no campo. Cada casa possui área de 60 m2, com três quartos, sala, cozinha e banheiro, além da área de serviço integrada.

A Fetaesp já realizou entregas em todo o estado, totalizando 140 moradias, havendo mais 26 unidades habitacionais em fase de finalização, além de outros projetos em análise e construção para o ano de 2017.

Fetaesp se reúne com o governador Geraldo Alckmin

Diretoria propôs mudanças e benefícios para Agricultura Familiar

No último dia 17, a diretoria da Fetaesp (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado de São Paulo) esteve reunida com o governador Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista, para debater diversas ações questões em favor da agricultura familiar, entre elas a Reforma da Previdência.

Os membros da diretoria da entidade solicitaram ao governante um maior apoio a questão previdenciária dos trabalhadores rurais. Relembrando que Alckmin foi um dos deputados da constituinte em 1988 e relator da questão da previdência, a Fetaesp solicitou a adesão do governo do estado, bem como uma possível intervenção, para que os direitos dos agricultores familiares e produtores rurais fossem mantidos com a Reforma.

Alckmin afirmou estar empenhado em defender, junto ao partido e as frentes parlamentares, a categoria. E destaca que busca saída quanto às mudanças na idade e a arrecadação dos agricultores para a aposentadoria rural. Para o presidente da entidade, Isaac Leite, a postura do governador é satisfatória, pois demonstra que o representante reconhece a importância da agricultura para o estado. “O governador está sensibilizado com a nossa causa e afirmou que não vai medir esforços para lutar pelos agricultores. Ele sabe que a agricultura familiar de São Paulo é forte e que os direitos dos trabalhadores precisam ser respeitados”, ressalta Leite.

Além das questões previdenciárias, a Agrifam foi outro tema em pauta na reunião. Foi solicitado ao governador um apoio financeiro para o retorno da realização da Feira. “Alckmin se comprometeu em debater junto ao secretário de agricultura, Arnaldo Jardim, para que possamos voltar a realizar a Agrifam. Como sempre o governador ressaltou a importância da Agrifam, pois é uma vitrine da produção rural familiar de SP para o Brasil. Aguardamos que o retorno seja positivo”, destacou o tesoureiro geral da Fetaesp, Elias David de Souza.