Reunião dos gestores formula sequência de ações
Na última quinta-feira, dia 22 de setembro, os membros do grupo Gestor do Plano ABC-SP (Plano estadual de mitigação e de Adaptação às mudanças climáticas para a consolidação de uma economia de Baixa emissão de Carbono na agricultura) se reuniram na sede da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, na capital paulista, para definir quais as prioridades que serão utilizadas em sua execução. Foram consideradas as propostas com maior possibilidade de efetivação dentre os sete programas previstos.
A primeira demanda eletiva foi a recuperação de pastagens degradadas, com a priorização da divulgação de políticas públicas para o setor produtivo como a primeira ação. Assim como a divulgação da campanha de ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) e os SAFs (Sistemas Agroflorestais) como sequência das ações prioritárias.
Membros gestores debatem a lista de prioridades para implementação do Plano (Foto: João Luiz/SAA)
Foi criada uma lista de prioridades dos sete programas, sendo elencadas da seguinte forma: Recuperação de pastagens degradadas, ILPF e SAFs, SPD (Sistema Plantio Direto), FBN (Fixação Biológica de Nitrogênio), Florestas plantadas, Tratamento de dejetos animais e Adaptação às mudanças climáticas.
O responsável pela Assessoria Técnica da Secretaria, José Luiz Fontes, afirmou que as ações seguem de acordo com o Plano ABC nacional e objetivam o cumprimento das metas de redução de carbono estabelecidas pela COP-21, a conferência do clima, realizada em Paris em 2015. E o presidente da Fetaesp, Isaac Leite, membro do grupo gestor, ressaltou a importância da conservação ambiental, avaliando as definições para a produção no campo, “Os agricultores familiares tem consciência da necessidade de se preservar o meio ambiente, porém muitas vezes não tem conhecimento das políticas públicas existentes nesse âmbito. Assim, acreditamos que investir em campanhas de divulgação é essencial para resultados melhores na aplicação do Plano, resultando também em ganhos para o produtor, consciente sabe como produzir com qualidade e respeito à Terra”.
O Grupo Gestor Estadual do Plano Setorial da Agricultura é composto pelo secretário da agricultura, Arnaldo Jardim, membros da Assessoria Técnica do Gabinete, Apta (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), Mapa (Ministério de agricultura, pecuária e abastecimento), das Secretarias paulistas do Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos, Energia e Mineração, Justiça e da Defesa da Cidadania, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, além de representantes da Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo), Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo), Unesp (Universidade Paulista “Julio de Mesquita Filho”), Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Esalq (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”), Fetaesp (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado de São Paulo), FGV (Observatório ABC da Fundação Getúlio Vargas), Banco do Brasil, Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio).
Para saber mais sobre o Plano ABC-SP:
A versão nacional do Plano define a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas por meio do manejo adequado e adubação, o aumento em 4 milhões de hectares na adoção de sistemas de ILPF e SAFs, a ampliação da utilização do SPD em oito milhões de hectares, além da ampliação da FBN em 5,5 milhões de hectares.
Já a variante estadual planeja o aumento em 1 milhão de hectares do SPD e do Cultivo Reduzido, visando a redução de 2,25 milhões de toneladas de CO2; o aumento de áreas com FBN em 800 mil hectares, o que produzirá uma redução de 1,45 milhões de toneladas de CO2; ampliação de 50 mil hectares de área de florestas plantadas por ano, alcançando até 2020, 200 mil hectares; aumentar áreas com ILPF em 200 mil hectares, com uma redução de 1 milhão de toneladas de CO2; e recuperação de 6,1 milhões de hectares de pastagens degradadas ou em início de degradação.
A próxima reunião do grupo gestor está programada para o mês de outubro, em Jaguariúna.