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Trabalhadores são afetados por crise no setor da cana

Fetaesp e sindicatos atuam para garantir direitos para a categoria

Os trabalhadores rurais assalariados que atuam na cultura da cana estão temerosos com a crise no setor.  A preocupação da categoria fica por conta do atual cenário na indústria. O ICFSS (Índice de Confiança dos Fornecedores do Setor Sucroenergético) – que mensura a confiança dos fornecedores da cadeia produtiva canavieira – está em 0,41, abaixo do considerado positivo ao índice, que é 0,50. Essa apreensão é agravada pela diminuição de 60 mil postos de trabalho nos últimos dois anos, além da falência de muitas usinas. Outras ainda em atividade têm graves problemas de recuperação judicial.

Corte de Cana: diminuição de 60 mil postos de trabalho em 2 anos (foto: Giuliano Martins)

Corte de Cana: diminuição de 60 mil postos de trabalho em dois anos (foto: Giuliano Martins-Arquivo Fetaesp)

Para o secretário-geral da Fetaesp, Roberto dos Santos a crise é resultado de uma administração equivocada. “Ela é jogada nas costas dos trabalhadores”. Ele critica a atuação do setor patronal. “Ano a ano, eles relatam estar com problemas, mas não atuam para saná-los, repassam os prejuízos aos trabalhadores e esperam uma solução do governo”.

Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial acima do percentual do INPC, que no fechamento desta edição registrava 6,07%. Eles estudam realizar paralisações para reivindicar seus direitos conforme cláusulas da pauta de negociação elaborada pela Fetaesp junto aos sindicatos.

A atuação sindical é firme perante o cenário. Alguns sindicatos já fizeram mesas de negociação e conquistaram um reajuste de 7%, acima do INPC.

Fetaesp reúne STRs e Citrosuco para negociação coletiva de trabalho

Objetivo da entidade é unificar valores e benefícios dos trabalhadores

Na manhã de 23 de maio, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo (Fetaesp) reuniu em sua sede, em Bauru, representantes da empresa Citrosuco e dirigentes dos sindicatos que atuam com assalariados rurais no setor da citricultura para uma negociação coletiva de trabalho na safra 2014-2015.

Dirigentes sindicais e representantes da Citrosuco debatem benefícios aos trabalhadores rurais para Safra 2014-2015 (foto: Giuliano Martins/Fetaesp)

Dirigentes sindicais e representantes da Citrosuco debatem benefícios aos trabalhadores rurais para Safra 2014-2015 (foto: Giuliano Martins/Fetaesp)

A entidade tem como objetivo garantir um padrão nos valores e benefícios recebidos pelos trabalhadores da Citrosuco, independente da região em que atuam. O secretário-geral da Fetaesp, Roberto dos Santos, acrescenta que essa ação não altera os benefícios já conseguidos individualmente em cada base de atuação. “Buscamos respeitar as particularidades de cada região, mas de modo que se tenha uma padronização nas importâncias recebidas por todos os trabalhadores que atuam para determinada empresa”.

Os pontos abordados entre os dirigentes sindicais e os representantes da Citrosuco atentam para os valores do piso, reajustes salariais, valor da caixa colhida, cesta básica entre outros.

Fetaesp inicia venda de espaços para a Agrifam

Comercialização de máquinas conta com atendimento bancário especializado na Feira

Áreas abertas e cobertas apresentam novidades e linhas de produtos específicos para atividade agrícola (foto: Sérgio Siquinelli-Arq Fetaesp)

Áreas abertas e cobertas apresentam novidades e linhas de produtos específicos para atividade agrícola (foto: Sérgio Siquinelli-Arq Fetaesp)

A Fetaesp já iniciou as vendas de espaços para a 11ª Agrifam – Feira da Agricultura Familiar que será realizada nos três primeiros dias de agosto, em Lençóis Paulista (SP). O local do evento, comumente conhecido como Recinto Facilpa, é estruturado para eventos de grande porte, podendo receber com segurança e comodidade um grande número de pessoas. Para este ano é esperada uma movimentação financeira de R$ 20 milhões. Várias empresas do setor agrícola, expositoras em anos anteriores, já confirmaram sua participação. Há tratores, máquinas, implementos e demais equipamentos.

A Agrifam dá a oportunidade aos produtores de adquirirem produtos específicos para sua atividade, que fazem parte das principais linhas de financiamento voltadas à categoria. Uma agência bancária atenderá no local da Feira com agentes especializados no agronegócio, facilitando as negociações. Uma área para demonstrações permite que o agricultor confira na prática as funcionalidades do que é comercializado.

Expositores – Para a comercialização na Agrifam são oferecidos estandes em áreas cobertas e abertas. Os expositores terão acesso à internet, bem como estacionamento exclusivo próximo dos estandes. São 107,438 m2 de área total, com rede de energia elétrica, sanitários de alvenaria e ótimas condições de limpeza e conforto. São várias opções de espaços, com tamanhos variados. Uma estrutura pronta para melhor atender aos produtores rurais que visitam a Feira e possibilitar bons negócios.

Para expor na Agrifam, entre em contato com o Departamento Comercial da Feira, pelo telefone (14) 2106-2828 ou e-mail comercial@agrifam.com.br.

Dilma Rousseff recebe Pauta do Grito da Terra 2014

Documento contém reivindicações para o trabalho na agricultura

A presidente da República Dilma Rousseff recebeu na tarde de 3 de abril, a pauta do 20º Grito da Terra Brasil (GTB), entregue por uma comitiva formada por diretores da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e dirigentes das Federações de Trabalhadores na Agricultura (Fetags) de todas as regiões do país. Representando os trabalhadores paulistas estava o presidente da Fetaesp, Braz Albertini.

Representantes do sindicalismo rural no campo entregam pauta de reivindicações para Dillma Rousseff (foto: Roberto  Stuckert Filho/PR)

Representantes do sindicalismo rural no campo entregam pauta de reivindicações para Dillma Rousseff (foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

A pauta conta com 23 pontos centrais de reivindicações, tendo sua elaboração iniciada nas bases de trabalho de cada sindicato, organizadas pelas Federações e compiladas em um documento único que trata de reforma agrária, do fortalecimento da agricultura familiar, meio ambiente, juventude e sucessão rural, assalariamento rural, do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), de políticas sociais, relações internacionais, e da organização e enquadramento sindical. Ao todo, são mais de 300 reivindicações.

Com a entrega do documento, espera-se que as negociações com os diversos ministérios e órgãos governamentais iniciem em 12 de maio e sejam encerradas em 22 de maio, com o compromisso de a própria presidente apresentar os resultados. Neste período, serão realizadas ações de massa coordenadas pela Contag, Fetags e STRs em todo o País. Os ministros do Desenvolvimento Agrário (MDA), Miguel Rossetto, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, presentes na audiência, coordenarão o processo de negociação da pauta do GTB.

Na oportunidade, Braz Albertini entregou um convite da Agrifam para Dilma Rousseff. A Feira da Agricultura Familiar realizada pela Fetaesp acontece de 1 a 3 de agosto oferecendo ao trabalhador rural o que há de mais atual em tecnologia e pesquisa para desenvolvimento da atividade.

Com informações da Imprensa Contag

Fetaesp e sindicatos ajudarão MPT para fiscalizações na área rural

Objetivo é garantir o cumprimento de direitos trabalhistas

O Ministério Público do Trabalho (MPT) convidou membros da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo (Fetaesp) e dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais (STR’s) que atuam na região Centro-Sul para uma reunião que tratou de formalizar uma parceria para intensificar a fiscalização realizada na área rural.

Procurador reunido com dirigentes sindicais em Capão Bonito (foto: Arquivo Fetaesp)

Procurador reunido com dirigentes sindicais em Capão Bonito (foto: Arquivo Fetaesp)

A reunião aconteceu em 19 de março, no sindicato de Capão Bonito, com a presença de dirigentes sindicais de mais de 20 sindicatos e com Gutavo Rizzo Ricardo, coordenador da Procuradoria do Trabalho no município de Sorocaba.  A proposta é realizar uma atuação em que os dirigentes sindicais, que têm contato direto com os trabalhadores de suas bases, apresentem denúncias ao MPT informando as condições de trabalho na região.

O foco da fiscalização será a exploração do trabalho infantil, análogo, escravo e informal, bem como o descumprimento da Norma Regulamentadora 31, que dispõe sobre segurança e saúde do trabalhador rural, além de outros direitos sociais dos trabalhadores.

As denúncias poderão ser formalizadas contendo CNPJ ou CEI dos empregadores, com endereço e telefones. Elas poderão ser protocoladas ou enviadas via correio eletrônico. Com essas informações, o MPT pode dar início ao ato de investigação, além de fazer fiscalização no local de trabalho acompanhado dos dirigentes sindicais. Comprovado o descumprimento dos direitos, o MPT irá intimar o empregador para assinatura do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). Havendo a recusa do empregador ao ato, o MPT poderá entrar com Ação Civil Pública.