Entidade foi debater questões dos assalariados rurais paulistas
Através de membros diretores e presidentes sindicais de todas as regiões paulistas, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo (Fetaesp) compareceu no dia 11 de julho em reunião na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego (SRTE/MTE), em São Paulo, capital. A audiência feita a pedido da própria entidade teve como objetivo debater atuais questões que envolvem os assalariados rurais, sobretudo quanto aos fatores de fiscalização para com os direitos dos mesmos.
A comitiva da Fetaesp foi atendida por José Roberto de Melo, responsável pela Superintendência Regional e Celso Haddad, chefe da Fiscalização de Saúde e Segurança do Trabalho. A Federação expôs que a presença efetiva da fiscalização governamental é fundamental para que os direitos dos assalariados rurais sejam executados pelos empregadores, apontando que “é uma função do Estado prover a fiscalização adequada em todas as esferas de trabalho, mas no caso da atividade rural, não há uma estrutura que atenda a demanda do estado”. Atualmente, de três mil auditores fiscais para todo o país, 524 atuam em todas as áreas de trabalho paulistas. O número é considerado insuficiente pela Federação, para realizar um trabalho eficaz tanto na zona urbana quanto na rural.
Braz Albertini, que preside a entidade federativa, é quem relata a questão: “O problema da falta de fiscalização para com os direitos dos assalariados rurais não é recente, mas tem se sido cada vez mais aparente, perante algumas conquistas realizadas pelo Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadores Rurais”. O vice-presidente da Federação, Elias David de Souza, salienta que “muito dos direitos básicos foram conseguidos através das negociações coletivas de trabalho que a Fetaesp e seus Sindicatos Filiados realizam periodicamente nas principais culturas de atuação no Estado, tais como uma estrutura de transporte adequada e utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI)”.
Proposta– No encontro, a entidade cobrou um maior investimento na contração e ação de auditores fiscais para atuarem na zona rural, tendo como resposta a falta de recursos para promover uma contratação em massa, mas que há pretensões futuras de se realizar um processo seletivo. A comitiva da Fetaesp – composta pelos dirigentes sindicais João P. da Silva (Batatais), Maria L. da Costa (Araçatuba), Francisco J. da Silva (Parapuã), Agenor P. de Camargo (Bragança Paulista), Abílio P. da Silva (Paulistânia), Benedito de Almeida (Mogi das Cruzes) Hélio de Souza Carvalho (Taquarituba), Donato Cutrone Neto (Grande São Paulo) e o advogado da Federação Tiago Sacco – propôs a mobilização para conscientizar o governo pelas melhorias.