Pesquisa em parceria com a FUNDACENTRO visa pauta específica para o setor
O Sindicato dos Trabalhadores e Empregados Rurais de Guaraçaí (STER) realizou na última terça-feira, 19 de junho, a apresentação dos resultados do estudo realizado sobre o cultivo da cultura do abacaxi na região. Maria Cristina Gonzaga, pesquisadora da FUNDACENTRO-SP (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho) demonstrou os dados referente à pesquisa feita em parceria com o Centro de Referência em Saúde do Trabalho (CEREST-Ilha Solteira), Universidade Federal da Paraíba e Conselho Municipal de Saúde.
A pesquisa teve como objetivo identificar os problemas que acometem os trabalhadores, como o “tanguá” (esgotamento por excesso de trabalho), as más condições na lavoura, as formas de produção, o trabalho formal e informal, o desenvolvimento de equipamentos específicos para esse cultivo, entre outras questões. Maria Cristina demonstrou uma luva que foi desenvolvida exclusivamente para o corte da cana com base nos resultados de uma pesquisa similar no setor e salientou que a medida deve ser incorporada também na colheita de abacaxis, sendo produzidos novos equipamentos de proteção individual (EPI) para auxílio dos trabalhadores.
José Mendes de Oliveira, presidente do sindicato de Guaraçaí afirma que a iniciativa visa à formação de uma pauta especifica de negociação para o setor de fruticultura, a ser inserida na próxima convenção coletiva, pois “o cultivo e colheita de abacaxis possui peculiaridades que devem ser tratadas com atenção pelos empregadores”.
O evento contou com a presença do corpo jurídico da Fetaesp, representado pelos advogados Israel Leitão e Rosani Queiroz. Para Israel a pesquisa é uma forma de avaliar as reais condições de trabalho no campo, destacando os acertos e buscando soluções para os erros. Ele ainda afirma que “conhecendo melhor os problemas enfrentados pelos trabalhadores podemos lutar por melhorias junto aos empregadores”.
Após a apresentação do estudo, foi aberto espaço para debate. Os empregadores apoiaram a pesquisa, mantendo-se favoráveis a continuidade da ação, que parte agora para sua segunda fase, aplicada ao trabalho de campo.
Muito bem são pesquisas assim é que fornecem informações sobre as especificidades das culturas e podem melhorar o trabalho no campo, com regras apoiadas em pesquisas específicas. Parabéns à pesquisadora e aos sindicatos envolvidos.
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Parabéns à pesquisadora e aos sindicatos envolvidos.
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Medidas de proteção especifica nessa atividade irão diminuir o indice de agressões a pele do trabalhador e o estabelecimento de pausas estratégicas certamente contribuirão para minimizar o estresse fisico nessa atividade. Conheço o trabalho de Maria Cristina e sei que ela irá envidar esforços no sentido de propor melhores condições de trabalho nessa categoria profissional. Salim A. Ali
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